Sacramentos

Ao contrário do que muitos podem pensar, os sete sacramentos não são apenas “rituais simbólicos” com fins pedagógicos. Os sinais sensíveis do Batismo, da Eucaristia e da Confirmação, bem como as celebrações dos outros quatro sacramentos da Igreja, certamente podem ensinar muito ao povo cristão, mas a sua ação principal consiste em infundir a graça santificante nos homens. Diferentemente dos sinais humanos, que só remotamente reportam ao que significam, “os sacramentos da Nova Lei são, ao mesmo tempo, causas e sinais”, diz Santo Tomás de Aquino. Eles não só simbolizam, como “efficiunt quod figurant – realizam o que representam” (S. Th., III, q. 62, a. 1, ad 1).[1]

Ensina o Catecismo da Igreja que “a iniciação cristã realiza-se pelo conjunto de três sacramentos: o Batismo, que é o início da vida nova; a Confirmação (Crisma), que é a sua consolidação e a Eucaristia, que alimenta o discípulo com o Corpo e o Sangue de Cristo em vista de sua transformação nele”(1275).




Batismo:

O Batismo é chamado de porta para os demais sacramentos, além de ser necessário para a salvação (1277). É natural, portanto, que sua recepção produza efeitos. Os dois principais e imediatos, sob condição, são: “a purificação dos pecados e o novo nascimento no Espírito Santo.”

O primeiro diz respeito à remissão dos pecados. Mas, de quais pecados o neófito é liberto? Tanto crianças quanto adultos, ao serem batizados são livrados do pecado original. Para isso, não é necessário que se arrependam, vez que tal mancha foi herdada e não cometida.

Aqueles que já atingiram a idade da razão são perdoados também de seus pecados pessoais. No entanto, para que isso ocorra é preciso que haja arrependimento. Trata-se de condição sine qua non para que, ao receber o Batismo, seja realmente perdoado de seus pecados pessoais e das penas temporais cominadas a eles.



Confirmação:

Ao receber o sacramento da Confirmação pode-se dizer que a pessoa está iniciada plenamente no Cristianismo.

No Oriente, este sacramento é administrado imediatamente depois do Batismo; é seguido da participação na Eucaristia, tradição que põe em destaque a unidade dos três sacramento da iniciação cristã. Na Igreja latina administra-se este sacramento quando se atinge a idade da razão, e normalmente se reserva sua celebração ao Bispo, significando assim que este sacramento corrobora o vínculo eclesial. (1318)



Eucaristia:

O Sacramento da Eucaristia é o maior e o mais importante de todos os sacramentos. Podemos dizer até mesmo que ele sim é um sacramento enquanto os outros o são apenas na medida em que se relacionam com ele. Os demais trazem em seus símbolos materiais sinais visíveis de uma ação invisível, no sacramento da Eucaristia, porém, o sinal visível é transformado e resta apenas a “aparência” de pão e a “aparência” de vinho” e nele há a presença real de Nosso Senhor Jesus Cristo. No sacramento do Batismo, por exemplo, a água é um sinal do derramamento do Espírito Santo, mas ela não é o Espírito Santo. Já na Eucaristia, o pão e o vinho SÃO Jesus Cristo glorioso, em Seu Corpo, Alma e Divindade.



Penitência:

No sacramento da penitência, os fiéis confessam seus pecados ao sacerdote, devendo estar arrependidos e intencionados a se corrigir mediante a absolvição que lhes é dada. É pela confissão individual e pela absolvição que o fiel, consciente de pecado grave, reconcilia-se com Deus e com a Igreja.

Já a absolvição de vários penitentes, sem confissão individual, não pode se dar de modo geral, a não ser que haja necessidade grave declarada pelo bispo diocesano e não haja tempo para que os sacerdotes ouçam devidamente as confissões de cada um dentro de tempo razoável. Aqui, é importante lembrar que não se considera existir necessidade quando não possam estar presentes confessores suficientes somente por motivo de grande afluência de penitentes, como pode suceder em grande festividade ou peregrinação.

Na penitência, recomenda-se ao fiel que confesse também os pecados veniais (menos graves), mas é sua obrigação a confissão de todos os pecados graves de que se lembrar após diligente exame de consciência, cometidos após o batismo.

Para alcançar o perdão dos pecados e reconciliar-se com a Igreja, o fiel deve estar de tal maneira disposto que, arrependido de seus pecados e com o propósito de se corrigir, converta-se a Deus.



Unção dos enfermos:

A unção dos doentes é o sacramento pelo qual a Igreja encomenda a Deus os fiéis perigosamente doentes, para que os alivie e salve, ungindo-os com o óleo e proferindo as palavras prescritas nos livros litúrgicos.

A unção dos doentes será administrada ao fiel que se encontrar em perigo de morte, estando no uso da razão ou que tenha manifestado esse desejo anteriormente. Em caso de dúvida, deve-se administrar a unção. O sacramento pode se repetir se o fiel doente, depois de ter se recuperado, recair em doença grave ou se, durante a mesma enfermidade, aumentar o perigo.



Ordem:

As ordens são o episcopado (bispo), o presbiterado (padre) e o diaconado (diácono). É pelo sacramento da ordem e por vocação divina que alguns entre os fiéis, pelo carácter permanente com que se comprometem, são constituídos ministros sagrados, isto é, são consagrados para que, segundo o grau de cada um, apascentem o povo de Deus, desempenhando na pessoa de Cristo as funções de ensinar, santificar e reger.

Será ordenado o homem, maior de 25 anos, que dispor da devida liberdade e ninguém pode, por qualquer motivo ou por qualquer forma, coagir alguém a receber ordens ou afastar delas quem seja canonicamente idôneo. É necessário, ainda, que se promovam às ordens aqueles que tenham fé íntegra, sejam movidos de livre intenção, possuam a ciência devida, boa reputação, integridade de costumes, virtudes comprovadas e, bem assim, outras qualidades físicas e psíquicas condizentes com a ordem a receber, todos critérios determinados segundo o juízo do bispo diocesano ou o superior.



Matrimônio:

É pelo matrimônio que o homem e a mulher batizados se entregam e se recebem mutuamente, pelo bem do casal e educação dos filhos.

As propriedades essenciais do matrimônio são a unidade, que na aliança conjugal o homem e a mulher “já não são dois, mas uma só carne” (Mt 19,6), e a indissolubilidade, que representa uma união para a vida toda e confere particular firmeza ao matrimônio cristão.

O matrimônio e o amor do casal se dispõem, por natureza própria, a geração e criação dos filhos que são o maior dom dessa união e contribuem muito para o bem dos próprios pais.

Desde a história da criação, as Sagradas Escrituras nos ensinam que “não é bom que o homem esteja só” (Gen. 2,88) e que Deus abençoou o homem e a mulher dizendo: “Sede fecundos e multiplicai-vos” (Gen. 1,28). Assim, o matrimônio se completa pela união eterna entre o homem e mulher, pelo cultivo do amor, para gerar e criar seus filhos, fortalecendo os laços familiares cristãos.



Mais informações: (13) 3219-1111

 

 

Referências

1.https://padrepauloricardo.org/episodios/o-que-sao-os-sacramentos

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