Igreja Nossa Senhora do Desterro

Foto: Leandro Ayres

Foto: Leandro Ayres

A primitiva ermida de Nossa Senhora do Desterro – padroeira dos imigrantes e viajantes – é a origem “histórica” do Mosteiro de São Bento e também do primeiro nome do morro, “Morro do Desterro”. Sua construção data de aproximadamente 1630, foi edificada nas terras pertencentes a família do Mestre Bartolomeu, que veio na jornada de Martim Afonso de Sousa (1530), para exercer o oficio de ferreiro. Ele é considerado um dos precursores da metalurgia no Brasil.

Em seu interior apresenta o retábulo-mor, do século XVIII, caracterizado pelo seu estilo barroco, o qual retrata a riqueza de ornamentos decorativos que, principalmente, fazem referência à devoção Mariana, com motivos florais (rosas, girassóis, margaridas), coroamento e conchas, além de símbolos cristãos, como os anjos, pelicano (ave eucarística) e folhas de acanto.

Ao centro do retábulo-mor tem-se o grupo escultórico da Sagrada Família, que faz alusão ao “retorno da fuga do Egito”, rumo à Galiléia, cidade de Nazaré.

A igreja serviu como local de sepultamento, tanto à mencionada família, quanto aos monges beneditinos. Um destes foi o Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), reconhecido por ter sido um cronista sobre o Brasil Colonial. Em sua homenagem, Benedicto Calixto desenhou uma lápide que está na Igreja.

Atualmente são realizadas atividades litúrgicas, aos domingos às 11h30 celebra-se a missa, além de haver batizados, bênção de bodas e retiros.

 

Referência:

ANDRADE, Wilma Therezinha Fernandes de. A vila e a fé: Santos e a Ordem de São Bento do Século XVI ao XVIII. 1980. 378f. Dissertação (Mestrado em História Social) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, USP, São Paulo, 1980.

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